sábado, 3 de outubro de 2009

SUBCONSCIOUS CRUELTY (1999)

Filme blasfemo, surreal e atmosférico. Dificil definir uma sinopse, pois a intensidade dessa obra não abre espaço pra isso. Só assistindo mesmo pra saber, mas vamos tentar...
Uma viagem aos abismos da mente humana e a capacidade de crueldade de todo ser mortal. Imagens dilacerantes, chocantes de evocações malignas, assassinatos de bebês, órgãos devorados, sacrifícios cristãos, perversão sexual explícita, tudo saído direto da mente de um canadense insano (o diretor Karim Hussain), que fez um dos filmes mais bizarros e polêmicos de todos os tempos.

Gore extremo, Cult trash, já tentaram rotular de tudo que é nome, mas a verdade é que Subconscious Cruelty é irrotulável.

Censurado e banido em muitos países, SUBCONSCIOUS CRUELTY virou um filme cultuado por um pequeno número de cinéfilos.

Definitivamente, a anos luz de distância de Hollywood e quebrando todos os tabus, esse filme não é recomendado a gestantes, cristãos e puritanos em geral. Para falar a verdade, não é recomendável a ninguém, mas cinema é cinema, e, assim como em Saló, os 120 Dias de Sodoma, do grande Pasolini, talvez seja esse o motivo do filme causar tanto interesse e polêmica.

Para os que tiverem coragem de se jogar nesse abismo, a redenção virá após emergirem do transe de imagens absurdamente extremas (em português claro, vocês vão rezar para o filme acabar logo!).

CURIOSIDADES:
- Levou 5 anos para ser filmado (de 1994 a 1999).
- Durante as filmagens, em uma viagem de negócios do Canadá aos Estados Unidos, o diretor foi parado na fronteira e os originais do filme foram apreendidos como “material ofensivo”. Nunca foram liberados, e o filme só pode ser concluído porque, por sorte, havia cópias na ilha de edição.
- O orçamento foi de apenas $ 100.000,00 CAD (Dólar Canadense), o equivalente a cerca de US$ 97.000,00.
- O filme foi proibido durante 5 anos em cerca de 90% dos países em que foi exibido.
- Muitos escândalos, protestos violentos e uma radical divisão da crítica marcaram a passagem desse filme em diversos festivais de cinema
- É considerado um filme amaldiçoado, desde a tragédia durante sua única exibição no Festival de Litges, onde alguns cinéfilos “Hooligans” provocaram uma balbúrdia generalizada nas dependências do Festival, com duas pessoas mortas e diversas feridas.
- Há relatos de salas de cinema que pegaram fogo e mortes misteriosas e inexplicáveis de pessoas que assistiam ou trabalhavam nestas salas, mas nada foi comprovado.
- Há relatos também de mortes inexplicáveis de pessoas que simplesmente assistiram ao filme, sem quaisquer históricos pregressos de doenças ou algo que indicasse perigo à saúde. Também, nada comprovado.
- John Carpenter, no episódio Cigarette Burns, da série Masters Of Horror, faz menção ao filme e à sua lenda, onde a trama central gira em torno da busca de um filme raro e amaldiçoado, que provocou uma tragédia em sua única exibição no Festival de Cinema Fantástico de Sitges.
- Em entrevista, no começo dos 2000, o diretor afirmou que “Saló, de Pasolini é algo como ‘A Noviça Rebelde’ perto de seu Subconscious Cruelty...”