segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Filmes da Semana




O cinema é uma arte que subverte.
Certos momentos dentro dessa arte o telespectador é congratulado com certas pérolas que dificelmente (eu disse dificil, é mais do que difícil) são encontradas em locadoras convencionais, sendo que a maioria apela para os Blockbusters da vida e assim conseguem manter sua clientela sempre feliz.
O outro lado do cinema é justamente o mais prazeroso: o de poder buscar películas pouco conhecidas ou aquele título obscuro que nunca ninguém ouviu falar.
Dessa arte poucos são os que contemplam o verdadeiro entendimento do que é, e como o o cinema realmente é feito.
No domingo (07/02/2010), eu pude presenciar duas pérolas esquecidas sobre este universo do qual o cinema faz parte.
Dois filmes me fizeram viajar diretamente para a década de 80. Um intitulado Prefácio da Morte dirigido por Tibor Takacs (mesmo diretor de o Portão II) realizado no final da década de 80, mais precisamente em 1988 e o outro do começo da década O Intermediário do Diabo (The Changeling dirigido por Peter Medak).
Posso dizer que os dois filmes possuem uma atmosfera semelhante, trilha sonora belíssima, enredos que prendem do começo ao fim com atuações muito convincentes.
No primeiro filme mulher é transportada para um universo cheio de mistério ao ler um livro intitulado I, Madman (Eu, Louco) na qual realidade e fantasia se misturam, jogando com a estética da metalinguagem. Na medida que a mulher vai lendo o tal livro assassinatos semelhantes aos do livro vão ocorrendo onde um maluco com cara desfigurada (parece o Darkman com O Fantasma da Ópera)comete assassinatos em série, na mesma cidade onde a tal mulher mora.
Filmes desse nype são raros de serem encontrados atualmente, sendo que a maioria dos filmes lançados possuem o mínimo de história e toneladas de efeitos.
São filmes assim que nos fazem ficar sentados na poltrona e ver até o fim.
Aquele gostinho de querer mais quando o filme acaba é o que mais nos agrada, cinéfilo e amantes da verdadeira arte cinematográfica.
Claro que esta análise é de um filme B, não podemos fazer analogias com os grande filmes que marcaram época, mas filmes assim marcaram uma geração que nunca mais teremos.
No segundo filme The Changeling (1980), o roteiro foi um dos melhores para um filme desse porte (ver As Duas Vidas de Audrey Rose de Robert Wise com a mesma temática).
A câmera sempre com angulações abertaa, o traveling da cena onde o tecla do piano é acionada pelo espirito do garoto, tudo muito meticulosamente bem feito.
Peter Medak nos proporciona uma verdadeira tour de force em um filme que nos apavora do começo ao fim.
A história gira em torno de um compositor que perde mulher e filha em um acidente de carro e que depois de um certo tempo vai morar em uma casa que supostamente ocorreu um assassinato de um garoto.
Misturando politicagem e espiritismo o resultado final é uma dos melhores da década de 80.
Vale a pena assisti-los para nos garantir de como o cinema é realmente é feito e só nos resta a salvação de nenhum louco de Hollywood querer ter a idéia de realizar um remake dessas duas verdadeiras pérolas do cinema de suspense.
Viva a décade de 80!!!!

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