O filme analisado é uma obra produzida na Nova Zelândia, datada de 1985, que permanece praticamente desconhecida do grande público. Trata-se de uma produção peculiar, cujo tema explora o conceito de uma “casa assombrada”, embora a história não se desenvolva em uma casa propriamente dita, mas sim em um carro. O longa-metragem foi dirigido por Gaylene Mary Preston, uma cineasta com experiência no cinema documental. Baseado em uma curta história escrita por Elizabeth Jane Howard, o filme foi lançado nos Estados Unidos sob o título Dark of the Night.
Gaylene Preston utiliza uma
abordagem que mistura o banal e o bizarro, criando uma atmosfera de crescente
tensão. A cinematografia destaca os ângulos e closes que enfatizam a relação
simbólica entre Meg e o carro, enquanto a trilha sonora reforça a sensação de
desconforto e suspense. A direção consegue equilibrar humor e horror de maneira
inteligente, sem comprometer a seriedade das mensagens centrais.
Este é o tipo de filme que se
você olhar o poster do filme, de primeiro momento, não se dê o crédito
necessário ao filme, mas logo nos primeiros minutos de filme vemos que a
produção é caprichada e com um enredo que prende o tempo todo, criando aquele
frio na espinha a quem assiste ao filme.
Embora não amplamente conhecido,
Mr. Wrong se destaca como um exemplo precoce de como cineastas podem usar
elementos de gênero para abordar questões sociais. É um trabalho que ressoa com
aqueles interessados em histórias que desafiam os limites entre o real e o
sobrenatural, ao mesmo tempo que oferece um olhar introspectivo sobre o medo e
a coragem.
Um filme que merece ser
descoberto e quem sabe algum dia ser lançado em alguma mídia física, embora o
mercado de mídia física no Bostil já estar indo ladeira abaixo.
Mas enfim, um filme altamente recomendável.
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